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Pastagens cultivadas garantem alimento para rebanho gaúcho

No inverno, pastagens são garantia de bom alimento para rebanhos - Foto: Fernando Dias

No inverno, pastagens são garantia de bom alimento para rebanhos – Foto: Fernando Dias

 

A ocorrência de chuvas bem distribuídas e a elevação das temperaturas em muitos municípios do Estado favoreceram o desenvolvimento das pastagens nativas, que naturalmente estão perdendo qualidade e quantidade de forragem.

Por outro lado, as pastagens cultivadas de inverno estão em pleno desenvolvimento vegetativo, principalmente de aveia, azevém e trevos, sendo algumas em condições para sua utilização no pastoreio direto.

De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, com a ocorrência de sucessivas geadas neste início de inverno, os produtores estão reduzindo a lotação animal, em função da menor oferta de forragem para os rebanhos.

Além disso, em algumas localidades, o excesso de umidade e a pouca luminosidade do período afetaram o desenvolvimento das pastagens cultivadas, situação agravada pelo pisoteio dos animais em solo muito úmido, obrigando a retirada do gado.

 

Rebanho bovino

O estado sanitário do rebanho bovino de corte é satisfatório, mas a elevação da umidade favorece a proliferação de vermes, entre outros parasitas, exigindo seu monitoramento e controle. Estamos em pleno período de gestação e início da parição de terneiros, fase em que o rebanho de cria exige cuidados especiais.

Em relação à comercialização, o mercado de animais para abate segue pouco dinâmico e com preços estáveis na maioria das regiões do Estado.

O rebanho ovino de cria está em plena fase de gestação e início do período de nascimentos dos cordeiros. Os produtores realizam as práticas de manejo pré-parto, como limpeza do úbere, em locais de parição, abrigados dos ventos e das baixas temperaturas.

Os rebanhos apresentam razoáveis condições nutricionais e sanitárias. Há restrição de alimentos para os animais mantidos exclusivamente em campos nativos, pois essas forrageiras, com as geadas, sofrem redução de quantidade e qualidade.

Devido ao excesso de umidade, a atenção dos produtores para as condições sanitárias dos rebanhos deve ser redobrada, especialmente para prevenir e controlar parasitas, verminoses e manqueira, inibida com a utilização de vermífugos específicos e realizando o casqueamento e pedilúvio (com solução à base de sulfato de cobre).

A semana de poucas chuvas e temperaturas médias mais elevadas foi considerada razoável para o desenvolvimento da apicultura.

 

Apicultura

Os apicultores permanecem alimentando artificialmente as colmeias, pois existem poucas espécies melíferas na fase de floração nesta época do ano, como nabo forrageiro, canola e algumas espécies de eucalipto.

Nos municípios com temperaturas mais baixas ou em locais com pouca insolação, os apicultores estão reduzindo os espaços internos das colmeias para diminuir o volume de ar a ser aquecido e, como consequência, reduzir a necessidade de ingestão de mel pelas abelhas.

Nesta época de inverno, há boa oferta de mel no mercado e grande procura pelo produto, comercializado, na região de Erechim, a preços que variaram entre R$ 7,50 e R$ 10,00/kg na venda direta ao consumidor e R$ 5,50 e R$ 6,50/kg no atacado.

 

Trigo

A cultura se encontra praticamente implantada no Estado, alcançando 97% da área, com o plantio devendo se encerrar nos próximos dias, assim que o solo retomar a umidade ideal.

As áreas ainda a serem concluídas se localizam na Região Sul e nos Campos de Cima da Serra, regiões essas que historicamente encerram o período de semeadura no Estado. Nas demais, o plantio está concluído, com 93% das áreas em germinação e desenvolvimento vegetativo.

O clima seco e frio nessa fase inicial da planta beneficiou o desenvolvimento vegetativo do trigo, induzindo a mesma a um aumento no perfilhamento e a uma menor suscetibilidade a doenças fúngicas (manchas foliares e ferrugens), além de permitir tratamentos preventivos e o parcelamento de adubações nitrogenadas, visando à recuperação de eventuais falhas de germinação/emergência das sementes.

Dentro desse cenário, tanto técnicos quanto produtores têm preferido manter cautela em relação a possíveis alterações das produtividades das lavouras, aguardando a evolução natural da cultura para uma melhor avaliação das áreas implantadas.

 

Citros

Na região da Campanha, os pomares de citros estão em plena colheita, com produtividade acima da esperada. Já no Planalto Médio, os frutos para a safra 2015 estão desenvolvendo-se com um tamanho um pouco menor do que o normal para essa época.

As chuvas não atrapalharam a colheita, que já atinge 60% da produção de laranjas. Já foi concluída a colheita das bergamotas Satsuma e Caí.

 

Olericultura

Aqueles produtores que têm na olericultura a principal fonte de renda para a manutenção da sua família e que participam de feiras, estão organizados com estruturas de túneis plásticos, estufas e irrigação, o que ameniza as perdas pelas adversidades climáticas.

Os pequenos produtores de subsistência estão com suas hortas domésticas bem estabelecidas para a produção de hortaliças, garantindo a alimentação da família.

 

Fonte: Assessoria Emater/RS-Ascar

 

 

 

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