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Secretaria da Agricultura discute com caminhoneiros implantação de terminal intermodal em unidade da Cesa

A escassez de locais apropriados para realizar as paradas motivou a organização do setor - Foto: Vilmar da Rosa/Seapa

A escassez de locais apropriados para realizar as paradas motivou a organização do setor – Foto: Vilmar da Rosa/Seapa

Na tarde desta segunda-feira (20), o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, e o presidente da Companhia Estadual de Silos e Armazéns, Marcio Pilger, receberam as entidades que representam o setor autônomo de transportes do Rio Grande do Sul. Durante a reunião, foram discutidas as aplicações da Lei nº. 12.619 – que disciplina a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional -, e a possibilidade da construção de terminais intermodais nas unidades da Cesa.

No sentido de construir locais que proporcionem bem-estar e segurança para que os motoristas de caminhões possam cumprir a legislação, vem sendo estudada a possibilidade da realização de um projeto piloto na área da unidade da Cesa de Capão do Leão, em função da proximidade com o Porto de Rio Grande.

De acordo com a Lei, a cada quatro horas de tempo ininterrupto de direção é obrigatório o intervalo mínimo de 30 minutos para descanso, também está estipulada a pausa para refeição de no mínimo uma hora, além de repouso diário do motorista obrigatoriamente com o veículo estacionado.

Conforme Mainardi, a falta de espaços apropriados para as paradas motivou o setor a se organizar e a Secretaria da Agricultura, junto à Cesa, querem ser parceiras da iniciativa privada na solução dessas demandas. “Estamos buscando alternativas e, para tanto, é muito importante construir o projeto a partir das reais necessidades do setor. Além de vantagens para os usuários, queremos garantir mais uma fonte de receita para a Cesa nesse momento de reestruturação”.

Para o presidente da Cesa, Marcio Pilger, a unidade de Capão do Leão é estratégica e pode contribuir para resolver alguns dos principais problemas enfrentados pelos cerca de seis mil caminhoneiros que passam, diariamente, pelo Porto de Rio Grande. “Além de solucionar a falta de pontos de descanso seguros, o terminal pode servir para organizar, reduzindo as filas e dando agilidade à descarga dos produtos no Porto. A partir de Capão do Leão podemos expandir o projeto para outras unidades do interior”.

Uma nova conversa com o setor deve ocorrer já no início de fevereiro, em Ijuí. Participaram do encontro, representantes dos Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Porto Alegre e Ijuí, da Cooperativa dos Transportadores de Biocombustível do RS (Cootransbio) e da Cootrapi.

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