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Arrozeiros reivindicam que obras do Porto de Rio Grande não levem armazém da Cesa à inatividade no primeiro semestre de 2014

Arrozeiros estão preocupados com a possibilidade de fechamento da unidade estretágica para as exportações - Foto: Juliana Brum

Arrozeiros estão preocupados com a possibilidade de fechamento da unidade estretágica para as exportações – Foto: Juliana Brum

O presidente da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), Márcio Pilger, recebeu na tarde desta quinta-feira (3), o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz), Henrique Dornelles. O objetivo do encontro foi trazer a solicitação do setor no que diz respeito à manutenção das atividades da unidade de Rio Grande, uma vez que está previsto para março do ano que vem o início das obras de aumento do porto, o que deve impedir as atividades da Companhia.

Conforme Dornelles, o período de maior competitividade do arroz do Rio Grande do Sul no mercado internacional é o primeiro semestre do ano, em função de que historicamente os preços internos estão mais atrativos à exportação, assim como os preços internacionais que estão mais altos devido ao período de entressafra dos principais exportadores mundiais (Tailândia e Vietnã).

A estimativa de produção de arroz no Estado para 2014 é de 8,5 milhões e a expectativa de exportação é superior a 1,5 milhões. “A Cesa é determinante para que esse número possa ser atingido. Portanto, a unidade precisa estar operando nesse período, uma vez que 50% do que é exportado passaria pela Companhia”.

Segundo o presidente da Cesa, a única alternativa é que o início da obra seja adiado para o segundo semestre do ano, ou, que seja escolhido outro ponto do porto para o começo das atividades. Pilger também destacou as melhorias que vem sendo realizadas na unidade, como a instalação de um tombador e recuperação de sete das 15 células que não estavam operando, o que vai permitir aumentar a capacidade atual de armazenagem em 5,6 toneladas. No total, a unidade conta com 60 células.

Pilger ainda informou que o assunto já está sendo tratado pelo secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, junto ao superintendente do porto, Dirceu Lopes, que devem se reunir em breve, devido à importância estratégica do tema para a cadeia produtiva do arroz e para a economia do Estado.

Na oportunidade, Dornelles afirmou que o sistema de armazenagem gaúcho é de primeiro mundo, uma vez que possibilita segregar o produto e a qualidade na armazenagem. “A Cesa de Rio Grande é extraordinária, precisamos convergir forças e motivar o Estado para que haja mais investimentos na unidade e, assim, pequenos problemas estruturais e de manutenção sejam sanados”.

Também participou da reunião o assessor jurídico da Cesa, Luiz Paulo Brundo.

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