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Encontro na 36ª Expointer discute soluções para armazenagem no Estado

Painel sobre armazenagem e Plano Safra - Foto: Tárlis Schneider

Painel sobre armazenagem e Plano Safra – Foto: Tárlis Schneider

Durante reunião que discutiu o Plano Safra e Armenazegem realizada nesta quinta-feira no auditório do Sindicatos das Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers) na Expointer, diversas autoridades tentaram apresentar soluções para os gargalos de armazenagem de milho e arroz. O secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláudio Fioreze, afirmou que o governo do Estado busca diversificar os plantios no Rio Grande do Sul, principalmente nas regiões produtoras de tabaco.

Ele destacou que atualmente são plantados 70 mil hectares de milho safrinha no estado, enquanto se teria um potencial de plantio de 300 mil hectares. “O estado tem um potencial. Há a ideia do milho na várzea, que fica mais concentrado na região centro-sul. É um total de 3,4 milhões de hectares onde se pode plantar milho”, revelou Fioreze, que disse também que o Governo busca uma interligação do modal ferroviário com o rodoviário entre os municípios entre Porto Alegre, Capão do Leão e Pelotas para diminuir as perdas decorrentes da falta de armazenagem.

O secretário adjunto ainda destacou que a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) foi reestruturada e não dá mais prejuízos. A meta atual do Governo, segundo Fioreze, é fazer com que o Rio Grande do Sul seja autossuficiente em milho.

Custos e mitigação

Carlos Alberto Alves Fagundes, gerente de pesquisa da unidade do Irga em Cachoeirinha, demonstrou que os custos em função da armazenagem podem ser muito grandes para o produtor. Segundo pesquisas do instituto, a média de custo com silos e sacos para produtores de arroz no estado é de 13%.

Quando o serviço é terceirizado, pode chegar a 33%. No caso do milho, segundo revelou Fagundes, o custo varia de 12% a 26%. De acordo com Fagundes, o Irga tenta mitigar o problema com divulgação de propósitos, capacitação de agentes, treinamento, manual técnico e assistência técnica aos produtores. Este apoio do Irga, juntamente com o fornecimento de um silo modulado, pode trazer impactos significativos para o produtor. “É mais qualidade, menor custo com transporte, sem gastos com tarifas de secagem e ainda um apoio à economia local”, explicou Fagundes.

Financiamento

O programa Cerealistas do BNDES foi apresentado pelo coordenador Nelson Torteza. Segundo ele, o  programa financia compra de equipamentos de armazenagem ou projetos de custeio tanto para cooperativas quanto para empresas cerealistas.

O taxa de juros anual é de 3,5%. “Podemos financiar até 90% do investimento para grandes empreendimentos e 100% para pequenos. Também há a opção de financiamento de caminhões para os produtores rurais”, disse. No caso dos caminhões, os produtores rurais podem financiar com PSI a 4,5% ao ano para compra de até três caminhões. O projeto tem um orçamento de mais de R$ 1 bilhão de financiamentos.

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