À esquerda da foto, Diretor Técnico Lucio Prado, Assessor da Presidência Claudio Cava, Presidente Carlos Kercher, Diretor Adm. Financeiro Francisco Appio e Advogado da CESA Henrique Cordeiro.
“A CESA busca o equilíbrio econômico-financeiro com uma rigorosa gestão de seus recursos próprios, sem necessidade de socorro do seu sócio majoritário, o Estado”. Afirmação do presidente Carlos Kercher, economista de Tupandi que dirige a Companhia, uma sociedade de economia mista, no Seminário de Coordenadores Regionais da Secretaria da Agricultura. Kercher enfatizou a importância da saúde financeira da CESA, seja qual for seu futuro, reativação plena, venda ou aluguel de algumas unidades ou federalização, expôs as metas * de sua gestão, garantiu a continuidade da prestação de serviços de armazenagem. “Nossas 18 unidades, são importantes para armazenagem das safras gaúchas de arroz, milho, trigo, aveia e soja, referência em tarifas e qualidade do serviço, entre os produtores. Também armazenamos produtos importados (trigo) e de outros estados (milho), via CONAB.
Com a presença do Secretário Ernani Polo (Agricultura), presidente do Conselho de Administração da CESA, foi comentada a situação financeira da Companhia. O Diretor Francisco Appio, com a experiência de 21 anos de Banco do Brasil e de cinco mandatos parlamentares, expôs os resultados dos primeiros seis meses da atual Diretoria Executiva.
”Alcançamos o equilíbrio da Receita e Despesa, honrando compromissos com nossos servidores, fornecedores e clientes, exclusivamente com recursos próprios, sem necessitar de aporte de recursos públicos do Estado”.
Aproveitou para esclarecer a finalidade do repasse mensal de 2 milhões e meio pelo Executivo, a título de Empréstimo para Aumento de Capital.
“ Destina-se ao pagamento das aposentadorias dos 86 servidores da antiga Autarquia ** (1952/1970), pagamento de empréstimos tomados junto à Fundação Silius (previdência privada dos concursados da Cesa), refiz de tributos federais e sentenças/acordos trabalhistas com aposentados ex-autárquicos. Os servidores da Companhia, são regidos pela CLT e quando se aposentam recebem a complementação da Fundação Silius, previdência privada”.
Sem onerar o Tesouro do Estado, conta com recursos próprios dos serviços de armazenagem, para pagar a folha de seus 58 servidores ativos, 86 emergenciais, 9 CCs, três diretores, 40 safristas e estagiários, folha de pagamento inferior a 1 milhão de reais, incluídos os encargos sociais.
“ Nossas operações são importantes para os municípios onde estamos instalados, pois além de nossa capacidade de armazenagem superior a 600 mil toneladas, geramos PIS Cofins, Impostos federais, impostos municipais (IPTU e ISSQN), frete para transportadores. A CESA também gera empregos e negócios na iniciativa privada, pelos 47 contratos que mantém com fornecedores de serviços de recursos humanos. São empresas terceirizadas que respondem pela contabilidade, motoristas, vigilância, internet, telefonia, auditoria, controle de estoques, emissão de notas fiscais, folha de pagamento e outros serviços, com gastos mensais de 300 mil reais. Estamos reexaminando os contratos para a redução das despesas, sem demissões”.
A defesa do patrimônio público merece atenção especial com a força-tarefa do Departamento Jurídico com os advogados Henrique Cordeiro (coordenador), Karine Klein e Fabiana Silva Ramos, e suporte do procurador Alfredo Simon, Setorial da PGE, além de Escritório de Advocacia que representa a empresa em mais de 400 ações trabalhistas.
Estas informações foram prestadas aos coordenadores regionais da Secretaria da Agricultura, no último dia 16 de julho, pela Diretoria Administrativa e Financeira. Por sua vez o Diretor Técnico, Lucio Prado, expôs em sua palestra, como veremos na próxima reportagem, a situação do mercado e suas perspectivas, a posição de cada unidade, sua ocupação e rentabilidade.
O presidente Carlos Kercher, esteve acompanhado pelos seus diretores Francisco Appio e Lucio Prado, e assessores Claudio Cava, Henrique Cordeiro e Artur Neves Dariano. Ao final comentou a importância de compartilhar estas informações com os coordenadores regionais, para desmistificar a imagem injusta de que a “CESA está falida, irrecuperável e superada em suas funções. Ao contrário, ressaltou Kercher, nossa companhia está estruturada para prestar bons serviços ao estado e sua economia, sem onerarmos os cofres públicos”.
*Metas e Ações para 2015:
- Avaliação das Unidades
- Buscar novas práticas de negócios
- Buscar novos clientes
- Investimentos mínimos necessários
- Sistema de controle de estoques
- Redução das falhas de armazenagem
- Rever contratos de parcerias
- Vender ou alugar Unidades desativadas
- Parcerias para Unidades deficitárias
- Resgatar e buscar recursos humanos mínimos
- Rever contratos terceirizados
- Controle rigoroso das receitas e despesas
- Avaliação de todos os processos jurídicos
- Avaliação dos relatórios (TCE, CAGE, PGE)
- Integração com a SEAPA e demais órgãos do Governo
**Os dois servidores citados na reportagem da Zero Hora, como beneficiários de salários acima do teto, não são servidores da CESA, mas da extinta autarquia e tiveram seus salários definidos na justiça em razão de suas demandas trabalhistas. São pagos pelo estado.
Texto: Idivar Francisco Appio – Diretor Administrativo Financeiro CESA.